LILITH
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- 1 de jun. de 2024
- 7 min de leitura
Atualizado: 18 de jul.
Em uma prosa lírica e sombria, Marcel Schwob narra a história de um artista apaixonado por ideais — da literatura à pintura, da beleza à morte. Após amores intensos e figuras femininas que mais pareciam sonhos encarnados, ele encontra em Lilith, a primeira mulher de Adão segundo os mitos, sua musa definitiva: etérea, insondável, quase divina.
Unido a ela em vida e na arte, o poeta entrega seus versos mais sublimes como oferenda amorosa. Mas quando Lilith morre, ele a sepulta com sua obra — e com ela, sua promessa de silêncio. Anos depois, consumido pela tentação da glória, ele profana o túmulo da mulher que amou para resgatar o manuscrito. Publicá-lo se torna um ato de sacrilégio e vaidade, onde o eco de sua poesia carrega o peso da traição: entre cada página, ressoa o rangido de um caixão.
“Lilith” é uma meditação macabra sobre arte, amor, morte e ego — um conto gótico de beleza trágica e de culpa eterna.




